Andrews, quem é você?
O ser humano apresenta uma tendência natural de falar sobre os outros em um nível de facilidade muito grande, mas quando instigado a falar de si mesmo, há inúmeros riscos de má definição, que por sua vez não são muito evidentes.
As tendências do ser humano em valorizar ou desvalorizar as coisas realmente sugerem uma precaução maior no quesito de auto se avaliar. O ser humano não costuma ser fidedigno em suas avaliações.
Aí surge uma pergunta, como então se avaliar de forma fiel e realista?
Podemos encontrar a resposta através da análise de nossos relacionamentos sociais, visto que a latência dos atos é mais tangível com a realidade expressa do que um olhar introspectivo para com o eu.
A partir das ponderações propostas inicialmente, posso então me ater em auto avaliar-me.
Desde muito pequeno, tive o constante exemplo, apoio e carinho de meus pais. O trabalho bem feito desempenhado pelo meu pai já desde criança me implantou na minha personalidade a determinação de fazer as coisas que a mim são designadas, a tal ponto que chego a esquecer de que tenho de ter momentos de lazer e descontração. O senso apurado do dever muitas das vezes me traz expressões faciais pensativas, o que faz muitas das vezes as pessoas pensarem que estou fechado a relacionamentos, ou conversas, o que por sua vez não passa de análises equivocadas. Esquecer mágoas e ressentimentos é algo que faço naturalmente. Minha cautela apresentada ao se aproximar das pessoas acaba por me legar uma fama de introvertido, mas o que a princípio aparenta ser introversão, com pouco tempo se refaz em extroversão. Basta eu sentir confiança. Sólidas amizades são típicas da minha parte. Posso dizer a partir disso, que sou um jovem de compromissos. Em uníssono, procuro avaliar minhas atitudes e decisões a partir das perspectivas propostas pela Bíblia, pois eu creio em seu autor. Racionalizo ao máximo tudo aquilo que deve ser racionalizado, mas também atribuo intensos sentimentos a tudo que me cerca. Procuro constantemente estar em crescimento de forma muito focada, tão focada que às vezes nem me percebo que tirei os olhos do objetivo majorado. Aprender com os meus erros e com os erros de outras pessoas é algo que sempre tento fazer.
Olho para o futuro constantemente, mas me disciplino para não tirar os pés do presente, visto que construímos o futuro no presente.
Andrews Magaieski
Texto Pessoal
Errando da Forma Correta
Interpretar e decifrar problemas sempre foram dilemas que os engenheiros tiveram de enfrentar. No campo das estruturas vemos verdadeiros “pepinos” estruturais.
Muitos pensam que somente depois de se formarem é que irão enfrentar grandes problemas, mas quando o assunto se trata de Resistência dos Materiais, com o professor Arthur L. Sartorti, somos instigados a reorganizar toda uma sequência de influências metódicas.
Em uma dessas aulas de Resistência, onde certo exercício passou a demonstrar que não é somente na flexão oblíqua que a linha neutra passa em um ponto distante do baricentro, mas também os métodos de resolução podem passar bem longe das interceptações dos neurotransmissores dos neurônios atordoados dos alunos.
Estamos acostumados em resolver exercícios em um sentido regimentado por positivo para a direita, mas quando somos instigados a realizar o processo inverso, ou seja, se afastar do zero da questão pelo lado negativo, verdadeiras balelas acontecem.
Uma carga ‘P’ de tração excêntrica provocou a linha neutra ‘AB’ indicada. Calcule a posição da carga.
Sabemos que um momento é gerado a partir de uma força aplicada a partir de certa distância em relação a um eixo. A partir disso algumas relações matemáticas podem ser definidas pela decomposição do momento com definições angulares diferentes de 90°.
Jogos de sinais são extremamente fundamentais para o bom andamento dos cálculos, por isso convenções definem a forma padronizada de se efetuar os procedimentos dos mesmos a partir dos sinais propostos.
Coordenadas:
- Para todas as coordenadas, o sinal positivo é imputado quando para as cotas de caráter vertical o sentido é apontado para cima e, para o eixo das abscissas, para a direita.
Momentos:
- Já para os momentos funciona a seguinte regrinha básica: sinal positivo com sinal positivo, o momento é positivo. Mas se houver uma diferenciação de sinais, o momento se apresenta com uma orientação negativa, ou seja, se um momento em “x” gera uma tensão de tração nos respectivos primeiro e segundo quadrante, temos um momento positivo, mas se sua disposição gerar tração na parte oposta a definida por estes dois quadrantes, temos um momento negativo. Para os momentos relacionados ao eixo das ordenadas, segue-se o mesmo princípio analítico.
Sabemos que na linha neutra a ocorrência de tensões é nula, por isso basta igualar a seguinte equação a zero.
Inserindo as coordenadas definidas a partir da interseção da linha neutra com as arestas superior e esquerda do retângulo secional, definido graficamente em estágios anteriores a este, obtemos P(1;2) como coordenada do ponto.
É aí que mora o problema: se não houver atenção por parte dos engenheiros, grandes problemas podem ser ocasionados a partir de pequenos equívocos. Se tal ponto for admitido como resposta, ao realizar o processo direto, teríamos a seguinte disposição gráfica da linha neutra:
Depois de análises teóricas, a conclusão tomada foi a de que é preciso definir um ponto qualquer, desde que esteja contido dentro da seção da viga. Fazendo os mesmos cálculos, as mesmas coordenadas definidas a partir da interseção da linha neutra com as arestas da seção da figura, obtemos P(1;-2) como coordenada do ponto.
Podemos notar que o método de resolução adotado estava fundamentado em princípios coerentes, mas a forma de se portar frente à aplicação dos valores na equação estava levemente equivocada. Não se engane de que leves equívocos como este são inofensivos, pois é nos detalhes que grandes obras podem vir à ruína completa.
Andrews Magaieski
Texto Descritivo e Analítico
Escolha do tipo de fundação
Testes de sondagem explicitados de acordo com a NBR 8036 constataram que o solo sobre o qual eu definiria o projeto de fundação era muito instável. Um solo arenoso e argiloso localizado perto do mar, cujas respectivas resistências mecânicas eram definidas por grandezas físicas que giravam em torno de 0,25 Kg/cm². Isso foi concluído com base em testes SPT, através de um ensaio de percussão manual, que por sua vez me forneceu a quantia de dois golpes para cada 15 centímetros de perfuração, realmente desanimador.
A pessoa jurídica desempenhando o seu papel de cliente tinha como objetivo construir um prédio de quatro andares em que pudesse instalar os seus equipamentos industriais de elevado peso. Um detalhe me é passado, a parte térrea do prédio deve ser composta por um local de recreação, e estacionamento, e por isso deve ter poucas colunas de sustentação, para que não haja a imposições de pontos que venham ocasionar uma retração do padrão estético definido pelo arquiteto.
Novos ensaios do solo, só que desta vez mecanizados, acabam por apresentar uma camada de rocha intrusiva muito resistente, rocha cujo nome explicitado é diabásio, localizada a muitos metros de profundidade. A definição do tipo de fundação mais eficiente para este caso passa a ser o ponto focado a partir disso. Verifiquei que uma perfuratriz acoplada a um chassi de caminhão não atenderia às minhas expectativas dimensionais, visto que as dimensões máximas apresentadas pelas brocas eram muito pequenas, e o alcance da mesma forma. O jeito foi apelar para um tubulão, pois a robustez e alcance me eram requisitos cruciais.
A resistividade ao cisalhamento apresentada pelo solo em questão poderia ser desprezada devido a sua instabilidade, sobrando então uma carga praticamente direta sobre a rocha diabásica, daí a importância de uma modelagem estrutural de tamanho porte.
A partir da devida limpeza do terreno e o seu nivelamento, a delimitação dos eixos dos tubulões é efetivada. Começa-se o processo de escavação manual do tubulão. Na medida em que níveis de profundidade são atingidos, as camisas de sustentação lateral são implantadas. São elas de concreto, pois a utilização de aço se apresentaria muito dispendiosa.
Quando a rocha é atingida, o tubulão assume um formato de bulbo, para que a tensão seja menor sobre a superfície da rocha. Tomo a devida precaução de descer no tubulão para verificar se o mesmo está correspondendo com as minhas especificações dimensionais. Depois de o tubulão estar devidamente preparado, um guindaste posiciona a armadura em seu interior e caminhões começam a depositar concreto com baixa porcentagem de aluminatos no cimento (resistir aos sais presentes no solo) sobre o corpo do tubulão. Feito isso para todos os tubulões necessários para o andamento da obra, a parte de fundação é concluída.
Andrews Magaieski
Texto Instrumental
Sugando o seu lixo
A Engenharia Civil sempre esteve associada à geração de grandes impactos ambientais, visto que o pensamento predominante em seu meio era o de que a natureza deveria ser explorada e catalogada, tudo visando uma total satisfação do ser humano. Não havia nenhum pensamento sequer de que a biodiversidade devia ser protegida, mesmo nós estando em seu meio e dependendo exclusivamente dela, isso acabou por impactá-la de tal forma que sofremos e sofreremos consequências irrevogáveis de sua fúria geradas a partir de nossos atos inconsequentes. O que podemos fazer é minimizar os seus efeitos pragmáticos sobre as futuras gerações.
Somente lá pelo final da década de oitenta, houve significativas mudanças no rumo da concepção mundial referente às suas posturas para com os ecossistemas, ou seja, o humano passou a ter uma melhor compreensão a respeito da fragilidade dos mesmos, isso por conseqüência dos elevados índices de crescimento demográfico e seus respectivos agravantes para com o meio circundante.
A estrita necessidade de atender a elevada gama de pessoas que passaram a adotar as cidades como ponto referencial de moradia ocasionou um enorme aumento no consumo de matérias primas não renováveis. Entre os materiais mais consumidos aqui no Brasil, por exemplo, estão os agregados utilizados na confecção do concreto, muito utilizado nas construções civis (380,6 x106 t/ano. Rangel ET AL., 1997; WHITAKER, 2001).
Estratégias de reaproveitamento de entulho excedente dessas construções estão se mostrando muito eficazes, mas infelizmente, neste caso, os pontos positivos não suplantam os aspectos negativos propostos por tais consumos desenfreados dos recursos naturais. Apesar de não o fazerem com significância, esses pontos positivos já são um bom incentivo para se continuar a investir em métodos mais sustentáveis e por sua vez racionais
Os problemas não se resumem no campo das matérias primas, mas também no campo das fontes de energia. É relevantemente contraditória a afirmação de que não existem fontes de energia limpa. Uma das teclas mais acionadas intrínsecas a esta afirmação está correlacionada ao fato de que os processos de implantação de motrizes geradoras dessas fontes geram grandes impactos ambientais. Temos que concordar em certa parte com tal afirmação, mas ela se mostra intransigente quando levamos em conta os benefícios gerados em longo prazo pela utilização de fontes de energia renováveis. Pode parecer extremamente dispendioso “cavar uma cidade inteira”, para instalar um “Envac”, quando olhamos somente para os gastos gerados pelas máquinas de escavação e as suas respectivas emissões de poluentes nocivos na atmosfera, o considerável gasto com energia elétrica utilizado para a movimentação de todo o sistema de coleta, tubulações metálicas, manutenção. Apesar de todos estes fatores exercerem o seu impacto sobre o nosso ecossistema, eles podem ser considerados como regulamentadores de um método mais sustentável e limpo. Apesar dos gastos com energia elétrica, os aspectos positivos neste caso tornam este método muito sustentável. Frotas inteiras de caminhões podem ser substituídas por um complexo de tubulações automatizado via computacional.
Vemos um exemplo típico em Estocolmo, capital da Suécia, cujo poder público juntamente com a sua população contaram com o método da coleta de lixo por sucção muito eficiente, o Envac, no qual lixeiras em pontos estratégicos são conectadas por tubos a uma área de coleta, localizada na periferia da cidade.
Na medida em que os reservatórios individuais dos lixeiros são cheios, um sistema automatizado propulsiona o lixo armazenado para locais estratégico aonde poucos caminhões o recebem destinando-os a locais mais convenientes. Os custos contidos dentro deste sistema apresentaram significativa redução em relação ao tradicional método desempenhado por caminhões lixeiros, o que sugere um melhor desempenho. Além dos aspectos ligados ao transporte, os aspectos visuais são por sua vez muito valorizados, visto que o tempo em que o lixo fica depositado em cestos de lixo sobre as calçadas nas ruas é drasticamente reduzido. Os ruídos gerados pelos caminhões de lixo são totalmente banidos tornando a cidade mais limpa sonoricamente.
Devido à incontestável eficiência deste sistema, vários países ao redor do mundo estão começando a utilizar a este método. A cidade de Barcelona na Espanha adotou este método e não se vê mais lixo jogado nas ruas. No Brasil, há previsões de que o Envac será implantado na capital em 2012. Apesar do custo elevadíssimo, os benefícios em longo prazo são realmente satisfatórios.
Esta é a nova tendência mundial, inovar para não se afogar em meio a nossa própria sujeira.
Andrews Magaieski
Texto Argumentativo
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